Introdução

A forma como nos apresentamos ao mundo reflete nossa autoconfiança e influencia diretamente nossos vínculos, decisões e percursos. Na PsiT.ech, unimos Psicologia, Tecnologia, Estilo e Organização para oferecer uma experiência de cuidado e transformação. Neste momento, antes da minha formatura e da atuação clínica com registro profissional, ofereço conteúdo psicológico por meio de textos que tocam o cotidiano, com responsabilidade e sensibilidade. É o cuidado possível agora — e também um convite à reflexão. A proposta envolve um olhar integrado: os estilistas ajudam você a expressar sua identidade por meio de roupas, cores e formas que dialogam com sua rotina e seus objetivos. Os organizadores otimizam seus espaços para que eles acolham quem você é e facilitem o que você faz. E, por fim, trago a minha vivência no mundo corporativo de tecnologia atravessada pela psicologia: escrevo sobre luto, ansiedade, carreira, relacionamentos, inteligência artificial, metaverso — sempre com escuta e presença. PsiT.ech é onde cuidado emocional encontra inovação. E onde o futuro da psicologia já começa agora.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Como a cultura das startups afeta o bem-estar emocional

Velocidade, inovação e exaustão: por que precisamos falar de saúde mental nas startups

A cultura das startups costuma ser celebrada como um espaço de inovação, liberdade criativa e crescimento acelerado. Mas, por trás dos slogans inspiradores, escritórios descolados e metas ambiciosas, muitos profissionais têm adoecido em silêncio. O bem-estar emocional, embora cada vez mais discutido, ainda é uma pauta negligenciada em ambientes que operam sob o lema "fail fast, learn faster".

Neste texto, vamos refletir sobre como a lógica das startups influencia a saúde mental de quem nelas trabalha — especialmente profissionais da tecnologia — e por que a integração entre psicologia e inovação é mais urgente do que nunca.


🚀 Alta performance como regra

Startups costumam operar com equipes enxutas, orçamentos apertados e grandes expectativas de entrega. A promessa de "crescer 10x em 1 ano" frequentemente exige jornadas extensas, múltiplas funções e um ritmo que não permite pausas. Trabalhar em uma startup pode ser estimulante — mas também extremamente exaustivo.

Esse ambiente, muitas vezes romantizado como "desafiador", se aproxima do que em psicologia chamamos de sobrecarga cognitiva: excesso de estímulos, decisões e tarefas em um curto período de tempo. Isso impacta diretamente a capacidade de concentração, a qualidade do sono e o equilíbrio emocional.


🧠 O culto à resiliência e a invisibilização do sofrimento

Em muitos desses espaços, há uma valorização da resiliência, da proatividade e da flexibilidade — o que, por si só, não é um problema. A questão é quando esses atributos se tornam pré-requisitos inquestionáveis e anulam a possibilidade de expressar vulnerabilidades.

Frases como “aqui todo mundo veste a camisa” ou “somos uma família” podem soar acolhedoras, mas também funcionam como silenciadores de sofrimento. Nessa lógica, admitir cansaço ou pedir ajuda pode ser interpretado como fraqueza ou falta de alinhamento com a cultura da empresa.

A consequência? Sintomas de ansiedade, insônia, irritabilidade, sensação de inadequação e, nos casos mais graves, burnout — um esgotamento físico e emocional reconhecido pela OMS como um fenômeno ocupacional.


📱 Tecnologia, conectividade e a ausência de fronteiras

Outro ponto crítico é a hiperconectividade. Ferramentas como Slack, Discord, Notion, Trello e WhatsApp ajudam a manter as equipes ágeis e integradas, mas também podem eliminar as barreiras entre vida pessoal e profissional.

É comum receber mensagens fora do expediente, participar de reuniões com fusos horários conflitantes e estar sempre "disponível". Isso compromete a capacidade de descanso e reforça a ideia de que o trabalho está sempre nos seguindo — uma das principais causas de estresse crônico.


🧩 O paradoxo da autonomia

Startups costumam oferecer mais autonomia do que empresas tradicionais. Profissionais podem sugerir ideias, propor soluções, mudar de função. Mas, sem um suporte claro, essa autonomia pode se transformar em isolamento, dúvida constante e sentimento de inadequação.

Quem nunca ouviu (ou sentiu) algo como: “eu deveria estar dando conta, o problema sou eu”?

A psicologia mostra que o excesso de responsabilidade sem suporte emocional ou técnico adequado pode aumentar os níveis de ansiedade e a autocrítica. O colaborador se sente “empreendedor do próprio fracasso”.


🌱 Como cultivar ambientes mais saudáveis?

A transformação começa com a escuta.

Empresas que valorizam o bem-estar emocional criam espaços onde os colaboradores podem expressar suas dificuldades sem medo. Investem em psicologia organizacional, promovem rodas de conversa, treinamentos com foco em saúde mental, e — principalmente — não tratam o cuidado como uma ação isolada, e sim como parte da cultura.

Ações como:

  • Estabelecer políticas claras de horário e descanso

  • Oferecer apoio psicológico (interno ou externo)

  • Reduzir metas irrealistas

  • Formar lideranças empáticas

  • Promover o autocuidado como valor, não como recompensa

...fazem a diferença.


💡 Aqui na PsiT.ech, acreditamos que inovação só é possível com saúde. O bem-estar emocional de quem trabalha com tecnologia não é luxo — é condição para que criatividade, foco e colaboração possam florescer.

Se você trabalha em uma startup, sente que está sempre no modo “on”, e quer entender melhor seus limites emocionais, este espaço é pra você. Mais que oferecer conteúdo, queremos promover conexões, reflexões e escutas potentes.

A revolução tecnológica não precisa ser à custa da saúde mental.

Bem-vindos ao PsiT.ech: onde a Psicologia encontra a Tecnologia

Se você chegou até aqui, é porque acredita, como eu, que é possível (e necessário) integrar mundos que à primeira vista parecem distantes — como o da psicologia e o da tecnologia. Seja muito bem-vindo(a) ao meu blog: Psicologia e Tecnologia – PsiT.ech! Aqui é o espaço onde compartilho reflexões, artigos, textos autorais e cartas que escrevo com o coração e com a razão, nutridos por minha trajetória acadêmica, profissional e pessoal.

Sou graduada em Computação, estudante de Psicologia, escritora nas horas vagas e, acima de tudo, apaixonada por gente. Minha formação em tecnologia me ensinou a pensar de forma lógica, estruturada, criativa — e ao longo dos anos, percebi o quanto o universo da computação dialoga com questões humanas profundas: produtividade, sofrimento psíquico, isolamento, sobrecarga mental, medo do fracasso, perfeccionismo, inovação, desejo de pertencimento.

Foi justamente esse ponto de encontro — entre códigos e emoções — que me levou a criar a PsiT.ech, um projeto pessoal e profissional voltado à promoção de saúde mental com olhar especial para quem trabalha com tecnologia. Profissionais da área tech enfrentam desafios únicos: jornadas exaustivas, alta exigência cognitiva, metas agressivas, ansiedade por desempenho, insegurança no ambiente de trabalho e, muitas vezes, um sentimento de solidão em meio ao excesso de conexões virtuais.

Este blog nasce como uma tentativa de ampliar o diálogo entre esses mundos. A proposta aqui é compartilhar conteúdos que despertem reflexão, acolhimento e também ação. Vamos falar sobre vida digital, relações familiares, autoconhecimento, saúde emocional, burnout, produtividade sustentável, além de temas que atravessam o nosso cotidiano como luto, maternidade/paternidade, envelhecimento, infância, vínculos afetivos, e as novas formas de existir em um mundo cada vez mais conectado.

A PsiT.ech é mais do que uma ideia: é um chamado. Um chamado para construir pontes entre dois campos que, na prática, já se entrelaçam o tempo todo — só precisamos olhar com mais cuidado. A tecnologia é um meio. A psicologia, um mergulho. Juntas, essas áreas nos oferecem ferramentas para cuidar da mente sem abandonar o mundo, para entender o humano sem ignorar o contexto digital em que vivemos.

Meu compromisso com este espaço é manter a escuta aberta, o pensamento crítico e o afeto como diretriz. Seja você da área de tecnologia, da psicologia, de qualquer outra área — ou apenas alguém em busca de textos que toquem e informem — este blog é feito para você.

Sinta-se à vontade para navegar, comentar, sugerir temas, compartilhar experiências. Estamos todos aprendendo, reconstruindo e tentando fazer sentido nesse mundo complexo. E, como tudo que importa, esse caminho se faz melhor em boa companhia.

Obrigada por estar aqui.

Andréa Ruas
Psicologia & Tecnologia
PsiT.ech

terça-feira, 10 de junho de 2025

Resumo Texto “Recomendações ao médico que pratica a psicanálise” –

a) ATENÇÃO FLUTUANTE - É difícil para o analista manter na memória e não confundir as informações de diversos pacientes. Não tentar memorizar nada especificamente e sim prestar atenção igual a tudo o que se ouve. A associação livre do analisando é falar tudo o que vem à mente, sem criticar ou selecionar. A função do analista é escutar tudo de forma igual, sem se fixar em nada específico do discurso (senão vai descobrir o que já se sabe — e não o que está além, o que só se revelará a posteriori, pela atenção flutuante. A regra para o médico é não permitir influências conscientes em sua capacidade de memorização, e sim utilizar sua “memória inconsciente”, ouvir o que for dito e não se preocupar se vai se lembrar ou não do material, que se tornará disponível à consciência do médico quando houver uma contextualização.

b) NÃO TOMAR NOTAS DURANTE AS SESSÕES - O analista não deve fazer anotações extensas, nem registros da sessão. Além de causar uma má impressão em alguns pacientes, aqui valem os mesmos aspectos da memorização. Enquanto anotamos, selecionamos de forma nociva o material, além de ocupar parte da própria atividade intelectual, que deveria ser melhor aplicada na interpretação do que é ouvido. Exceções à regra são aceitas em casos de datas, resultados específicos relevantes ou textos de sonho.

c) PRODUZIR RELATOS CLÍNICOS NÂO JUSTIFICA MUITAS ANOTAÇÕES - Caso a intenção seja usar o caso tratado em uma publicação científica, a anotação durante a sessão seria justificada. Porém, obtêm-se menos benefícios de registros do histórico analítico de um transtorno do que se poderia esperar. Lacan disse: “eu não procuro, acho”. Se o analisando confia no analista levará a sério e se não confia não irá também confiar nos protocolos do tratamento.

d) A POSTERIORI / SÓ DEPOIS – SÓ TRABALHAR O CASO DEPOIS DE SUA CONCLUSÃO – Permitir ser tomado de surpresa por qualquer reviravolta no caso (o analisando se surpreende com o que diz e o analista com o que ouve). No trabalho analítico há a coincidência entre pesquisa e tratamento, o que muda é a técnica, se você registra tudo, como exige a pesquisa, você prejudica o tratamento (porque traz um monte de pressupostos, especula, foca no que quer pesquisar, como se já tivesse o conhecimento). O psicanalista não deve fazer especulações enquanto analisa e só deve trabalhar o material obtido, por meio do pensamento, depois do término da análise.

e) SUSPENSÃO DE AFETOS, A AMBIÇÃO TERAPÊUTICA É UM AFETO PERIGOSO – No tratamento psicanalítico se aja como um cirurgião que, suspendendo seus afetos e compaixão humana, tem como único objetivo estabelecido para suas forças psíquicas a realização da operação da forma mais perfeita possível. Essa frieza necessária ao analista cria condições mais favoráveis para os dois lados: oferece maior grau de ajuda ao paciente e preserva a vida afetiva do médico.

f) O ANALISTA TEM QUE FAZER ANÁLISE COM ESPECIALISTA – O médico deve ser capaz de interpretar o que foi dito e reconhecer o inconsciente oculto, sem selecionar as informações por uma censura própria ou distorcê-las. O psicanalista não pode ter dentro de si resistências, que repelem da consciência o material inconsciente, e provocam uma seleção e deformação da análise. É necessário que ele seja submetido a uma purificação psicanalítica e tome conhecimento dos próprios conflitos que podem atrapalhar a absorção do conteúdo exposto pelo paciente. Os recalques do analista são como pontos cegos em sua percepção analítica.

Como se torna analista? Para alguns, analisar os próprios sonhos pode ser suficiente, mas não para todos, nem todos conseguem interpretá-los de forma eficaz. A pessoa interessada em se tornar analista deve passar por uma análise com profissional experiente. Quando passamos em análise, sem estarmos pressionados por uma doença, conseguimos acessar conteúdos inconscientes com mais rapidez e com menos desgaste emocional. Vivenciamos, na própria carne, aquilo que tentamos entender por livros ou palestras. Há também um ganho emocional e relacional na ligação com o analista. A pessoa que valoriza o autoconhecimento e o autocontrole adquiridos durante a análise pode continuar, por conta própria, sua autoanálise. Quanto mais a pessoa se aprofunda, mais descobre — sobre si e sobre os outros. Quem não passa por análise com um especialista limita sua capacidade de aprender com os próprios pacientes. Pode acabar projetando suas questões pessoais na ciência, levando ao descrédito do método psicanalítico e induzindo pessoas sem experiência ao erro.

g) NÃO É UM TRATAMENTO POR SUGESTÃO - O analista não deve mostrar seus próprios conflitos psíquicos ao paciente, não deve falar de suas questões ao analisando. Não se aproximar dos tratamentos por sugestão, porque afasta da psicanálise, e aumenta no analisando a incapacidade de superação das suas resistências mais profundas. Essa técnica pode fazer com que o paciente queira inverter a situação, os papéis, tendo mais interesse na análise do analista do que em sua própria. A postura de intimidade do psicanalista pode dificultar um dos principais objetivos da terapia: a resolução da transferência. O analista deve ser opaco e, tal como um espelho, só mostrar o que lhe é mostrado.

h) NÃO É UMA ATIVIDADE PEDAGÓGICA - Outra tentação a ser evitada é a ambição educativa, pedagógica. O analista não deve apontar novos objetivos / metas ao paciente. Deve ter tolerância perante a fraqueza do paciente. Deve se orientar mais pela aptidão do paciente do que pelo próprio desejo do analista. Nem todos são capazes de realizar bem a sublimação de suas pulsões (se tivessem essa facilidade muitos não teriam adoecido). Se o analista pressionar demais para a sublimação, tira as gratificações imediatas e cômodas e torna a vida do paciente mais difícil

i) NÃO É UMA ATIVIDADE INTELECTUAL - Deve-se ter cuidado com a cooperação intelectual do paciente, especialmente com os que tendem à intelectualização. É errado propor tarefas intelectuais ao analisando. A resolução da neurose se dá, na psicanálise, por meio da associação livre: trazer à tona os conteúdos do inconsciente livremente, sem censura ou crítica. Não se recomenda oferecer textos psicanalíticos ao paciente ou a seus familiares. Embora essa atitude seja bem-intencionada, pode provocar oposição prematura no paciente e parentes. No caso de internação em instituição, pode haver vantagem no uso de leituras, para estabelecer influência e auxiliar na preparação dos analisandos para o processo analítico.

Freud conclui exprimindo sua esperança de chegar a um consenso, por meio do progresso nas experiências dos psicanalistas, sobre as questões da técnica a ser usada para o tratamento mais eficaz dos neuróticos.


Propósito

Acordar não para trabalhar e sim para manifestar seu propósito. Este é o objetivo da vida, saber quem você é e a partir daí expressar seu eu verdadeiro, compartilhando seus dons sem esforço e sofrimento e sim com alegria e amor. Não é o lugar que determina isso e sim a sua consciência.

Postagem em Destaque

Você passou de fase! Parabéns! 💔 Bem vindo ao Próximo Nível.

Olá Querida , ouvi sua mensagem. Na verdade, ouvi sua mensagem algumas vezes, até estar aqui e responder. Sua mensagem é bonita, é carinhosa...

Um presente

Você é mais do que um irmão, é um amigo, um presente e me acompanha nos momentos alegres e nas aflições. Me dá sempre os melhores conselhos.
Compartilhamos a paixão pelo futebol.💙 Irmã de menino é assim mesmo, junto com as bonecas, a gente vira goleiro, aprende a lavar carros, instalar chuveiro, chef de cozinha. Rs. Trocamos afilhados. E as muitas viagens, nem se fala, as que deram certo e as “roubadas” que nos metemos.
Compartilhamos a mesma casa e a mesma educação, crescemos juntos, vivemos juntos e ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos, por isso, quero que saiba que te amo de todo coração, e que, se precisar de algo, estarei bem aqui para te ajudar, para te dar minha força.
Admiro você, sua família, sua empresa ... sua alma, sua jornada nessa vida!!!!
Você sabe que pode sempre contar e confiar em mim. Estamos unidos para o que der e vier, somos cúmplices, não importa o que aconteça.
Quero lhe desejar tudo de bom neste dia, você merece o melhor! Obrigada pela sua amizade, você é a minha certeza e torço bastante por você. Que estejamos cada vez mais unidos.
Seja muito Feliz! Te admiro muito. Tenha um Feliz Aniversário! 🎁

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