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Oi Lisa, essa carta não é para você, mas sim para Deus, é meu pedido de ajuda. Compartilho com você porque sei que torce por mim. Sempre. Agradeço. Preciso mesmo de você na minha vida.
Meu Deus,
Acho que é chegado o momento de te dizer que preciso aceitar o que eu sou e como sou.
Acho que não consigo mais seguir adiante, porque não vejo mais cores onde antes eu via.
Acho que chegou a hora de te pedir ajuda e ter fé de verdade, passar da teoria para a prática e te pedir que me ajude.
Acho que você já me ajuda e já me ama como sou, mas ainda assim necessito te pedir que cuide de mim, mesmo sabendo que tem cuidado desde sempre.
Acho que preciso aceitar que fé é o oposto de controle e quanto menos fé tenho mais necessidade de controlar tudo a minha volta tenho.
Acho que está na hora de testar mesmo a minha fé e me entregar, dizendo que não dou mais conta sozinho, que não é para mim.
Acho que está na hora de ceder ao que você tem planejado para mim que eu acredito ser algo que não me faça mal como eu mesmo tenho me feito.
Hoje não me sinto escolhido e não me sinto amado, apesar de que você sempre ama cada um como se fosse único e especial.
Se eu estivesse no controle eu enviaria uma novo lugar, um novo emprego, uma nova jornada e novas pessoas para minha vida. Eu mudaria totalmente o rumo e a minha jornada.
Mas resolvi assumir que não sou a melhor pessoa para dar o destino que minha vida precisa, sei que o que me cabe é apenas acreditar, ter fé que o melhor virá, sempre virá o que eu preciso.
Voltar para a cabana, voltar para dentro de mim e reorganizar as coisas, mas principalmente aceitar que foi como foi, que não tenho como mudar nada do que aconteceu, só resta transformar o sentimento.
Percebo que nunca recebi algo profissionalmente simplesmente porque mereço e porque é abundante e está escrito
Percebo que sempre tive que batalhar por cada passo, por cada promoção, por cada conquista.
Percebo que gero restrição nos que se amedrontam e não querem trabalhar, não querem mudar e sentem medo de serem substituídos.
Percebo que cada reconhecimento foi cavado e foi resultado de muito trabalho, todos os dias, sem me permitir uma folga, descanso ou prazer.
Percebo que nunca me senti pertencente e nem merecedor (tem a ver com a cabana) com essa negligência que sempre pautou minha criação, minha infância e os relacionamentos que tive.
Qual é o sentido de todo o sofrimento?
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