Além de passar mais tempo na internet, a nova geração inicia a vida digital mais cedo. E contra fatos não existem argumentos.
A conexão constante com a internet transfere para o mundo virtual experiências que, antes, eram vividas de maneiras bem diferentes. São muitas informações, de todos os lados, “amadurecem” cedo ou precocemente, o fato é que tem tudo ao alcance de um “click”, mas ao mesmo tempo são reféns de um “like” e do número de seguidores. Muitas vezes escutam mais influenciadores do que cientistas. E ainda estão expostos a tudo que acontece com as pessoas ao seu redor, ou seja, haja ansiedade, na comparação e na busca por padrões de perfeição.
Não estou dizendo aqui que o celular, o computador e as redes sociais são péssimas influências, pelo contrário. O fato dessa geração já ter nascido no mundo diigital, ao invês de ter se adpatado a ele, como as gerações anteriores, tem seu lado positivo. Porque tudo é muito visto e muito divulgado, portanto questões éticas vêem a tona o tempo todo. É preciso cuidado, claro, para não desvalorizar a importância do celular e das redes sociais, do acesso à informação. O fato de a geração atual ter nascido no mundo digital - em vez de se adaptar a ele, como as gerações anteriores - também tem características muito positivas. Uma companhia não pode defender publicamente, que é uma empresa inclusiva, anti-racista e que presa pela igualdade de gênero e ter um conselho de administração exclusivamente masculino. Basta vazar uma foto ou um comentário no sentido contrário, que a internet é invadida de comentários e críticas e para levantar suspeitas sobre o comprometimento real da companhia com o tema. Não se é tolerado corrupção, desatenção com a sustentabilidade, etc.
Com essas novas gerações, as empresas têm muita dificuldade de vender seus produtos e promover a sua marca, caso demonstrem uma inconsistência entre discurso e prática. As empresas também terão dificuldades em contratar e reter pessoal. Essa geração pede propósito e o trabalho só pela remuneração não existe mais. A geração que quer mudar o mundo. Nem sempre com ações concretas, muitas vezes apenas sentados no sofá. Neglicenciados pelos pais, enlouquecidos em prover infraestrutura e também tentando entender e se adequar as mudanças, tão rápidas e tão generalizadas. Acho que a Psicologia entra aqui, em ajudá-los, entre o querer mudar o mundo e o agir para mudar o mundo, temos um delta, um vazio, talvez esse seja um dos suportes que essa geração vai precisar.
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