Zul .. vc me fez muita falta!

 

Ei !!

Admiro sua coragem em se atrever a sair da terapeuta. Entendo o que vc diz sobre o preço, mas penso que quando chegamos a pensar assim, é porque não mais precisamos tanto daquilo quanto pensamos. Pode ser que algo dentro de vc já esteja pronto para tomar as rédeas do seu próprio processo e dessa forma, a "desculpa" de achar caro e testar a terapeuta pedindo para ela rever o preço tenha ajudado ainda mais a ver que ela talvez não seja mesmo a pessoa mais adequada para ajudar nessa etapa nova.

Acredito que tudo precise ser continuamente renovado, atualizado. O que foi ótimo e muito positivo ontem pode ser um grande obstáculo hoje, pois estamos constantemente mudando, não é mesmo?

Outra coisa que acho importante tentar notar nesse caso especifico é que precisamos normalmente de alguém para nos "ouvir" e nos dar sugestões nas etapas iniciais do trabalho, quando ainda não enxergamos completamente tudo o que temos a resolver dentro de nos, ou não sabemos como proceder para modificar certos hábitos antigos de sentir ou de pensar.
Mas no seu caso, sei que vc tem uma visão muito boa, muito clara e muito aberta, que vc vê tudo de frente, sem medos de encarar os "fantasmas". Dai, pode ser que uma "terapeuta", a essa altura, sirva meio como que uma muleta, te impedindo de crescer, de fazer o próprio trabalho, de assumir os próprio passos, te dando a impressão de que vc não consegue sem alguém do lado para te sussurrar o que fazer ou como. Falar muito sobre problemas que já se sabe a respeito pode reforça-los e tirar a visão de soluções concretas para resolver aquilo da melhor forma.

Acho que tudo e todos à nossa volta nos servem como espelho e como instrutores. Sempre! Vc tem duas filhas lindíssimas, o que é uma dadiva preciosa! As crianças são normalmente nossos maiores, melhores e mais sábios instrutores! São tb espelhinhos incríveis de nossas faltas, pois se nos sentimos fracos já vimos logo o resultado no comportamento delas.

As pessoas no trabalho ou no ambiente de convivência social tb nos ensinam muito o tempo todo. Um marido ensina ainda mais, e reflete o tempo todo coisas que não suportamos em nos mesmos ou que temos que mudar com certa urgência.

Dessa forma, não sei se uma terapeuta teria, no ponto em que vc se encontra, um valor assim tão importante. Sinto que vc mesma deve ter se colocado nessa situação para poder experimentar dar o voo vc mesma, sem muletas dessa vez! Tempo de dar saltos maiores, de exercitar na pratica tudo o que já aprendeu em teoria! Talvez não haja mais tempo para perder em blablablas, mas que o momento seja de realmente colocar as manguinhas de fora e realmente tomar as rédeas da própria vida.

Nesse ponto, pode ser que algum exercício (de respiração, meditação, yoga, tai chi, de cores,etc ) ou estudo regular de alguma obra inspiradora, tipo "self-help" ou tipo fitas, palestras, ou encontros grupais, ou o que for que possa ajudar com que vc entre mais regularmente em contato com o seu próprio centro de força, com sua própria alma, de onde toda a ajuda necessária provem. Tenta ver se vc tem algum autor que te inspira nisso e procura fazer tempo para poder fazer isso regularmente, mesmo que seja tipo 10 minutos por dia (gosto muito por exemplo do Paul Brunton, pois me traz sempre inspiração em diferentes tópicos, de forma muito "down to earth"). O habito de reservar aqueles minutos do dia para se fazer contato com coisas inspiradoras pode facilitar o trabalho de contato interno. Mas para isso teria que ser algo que vc mesma ache muito inspirador e não algo que outros tenham gostado e te sugiram tentar. Algo que tenha a energia compatível com seu próprio processo.

Tenho aqui um exercício muito simples, com cores, para ser feito todo dia por 10 minutos. Seria apenas um exemplo, entre muitas coisas que vc poderia achar para auxiliar nesse processo. Vou te mandar em anexo num email ainda hoje ou um desses dias  -  preciso organizar o exercício de forma mais clara pois me foi passado por palestra, onde há muita informação, mas vou tentar sintetizar.

Acho que o mais importante agora seria achar coisas que ajudem te trazendo soluções, trazendo novas energias, coisas que curem e transformem o passado, elevando e neutralizando tudo o que vc não precisa mais, tudo o que vc não quer mais expressar. Seria questão de implementar energias novas, de semear coisas tão positivas e tão elevadas que as outras, negativinhas que trazemos do passado vão-se gradualmente perdendo sua força e influencia sobre nos. Acho que nessa etapa, falar muito sobre problemas mais reforça nossa fraqueza do que propriamente traz em si a força necessária para se sair dali, para passar para a próxima.

Caso sua personalidade esteja realmente habituada a ter que falar, que precise ainda de vez em quando de analise, de organizar as ideias, de rever o próprio comportamento na vida diária, pode ser que escrever, anotando tudo de forma bem neutra à noite possa ajudar aqui. Quando escrevemos vemos as coisas como expectadores e aquilo ajuda-nos a se desapegar do próprio comportamento e podemos exercitar nos enxergar ali como terapeutas de nos mesmas. Acho isso super legal porque tem sempre uma parte nossa, mais sabiazinha, que esta sempre a nos tentar apontar o melhor caminho a seguir. Acho que escrever pode ajudar a silenciar a mente racional e dar vez para essa parte expectadora, mais intuitiva de pode expressar sua visão também.

Mas não sei se seria tão importante esse exercício de analise quanto o de procurar enfocar em coisas positivas. Vc pode preferir usar aquele tempo para ler, mesmo que for uma frase inspiradora por dia, e refletir sobre aquela frase por alguns minutos, antes de ir dormir. No sono resolvemos muitas coisas como que por magica. Então qualquer que seja o problema que temos, o traço de comportamento que buscamos transformar, pode ajudar muito se, logo antes de dormir, entregamos esse habito ou comportamento para que possa ser transformado à luz da própria alma durante o sono. Visualizar uma luz de determinada cor pode trazer tb uma mudança importante, de forma bem suave e sem conflitos.

Te mando mais sugestões depois.

Te cuida!

beijinho
 

2010/7/30 Andréa Ruas Martins <andrea_ruas@yahoo.com.br>

Olá, tudo bem?   Queria te fazer uma perguntinha.   Eu tenho feito terapia desde que cheguei a SP, mas a cada dia o valor fica mais alto. Apesar de amar a minha terapeuta, é muita grana. Então faz 3 meses que eu interrompi totalmente. Mas eu confesso que sinto falta.   Ela me ajudou muito até agora. Realmente me fez entender a minha história e sair de vítima para tomar as rédeas da minha vida. Mas, às vezes, ainda me pego repetindo alguns padrões antigos de comportamento.   Tentei negociar com ela, mas infelizmente não rolou, ela me disse que o preço que ela cobra já é muito abaixo do valor que ela costuma cobrar dos outros pacientes. Achei muito estranho isso, porque em uma das sessões eu me lembro que ela me falou que se meu ego insistisse em me convencer que eu não deveria mais ir lá porque era caro demais, que ela faria de graça. Que ela tinha comprado a causa e o meu ego podia desistir.   Não entendi nada. Na primeira oportunidade que eu peço para ela rever o valor, ela diz não !!!   Você teria alguma dica do que eu poderia fazer, efetivo, meu autodidata, mais barato, sei lá?   Leio, invisto em meditar, orar. Mas ainda assim preciso de uma ajuda mais direcionada. Um lugar que eu possa falar de mim, me ouvir falando e tudo mais. Algo mais personalizado.   Você conhece algo alternativo? Você teria alguma dica para mim?   Ou o que eu estou falando soa meu absurdo?   Beijo,

 

 

Negociações, negociações e mais negociações ... e enfim, D E M I T I D A !

Tenho um texto que já escrevi tem um tempinho, foi em agosto do ano passado, quando tomei a decisão de  finalizar meu vínculo trabalhista com a empresa. Publicado apenas agora porque foi uma longa jornada até conseguir de fato ser demitida. A decisão de buscar outros interesses e me arriscar em uma nova profissão já é bem mais antiga, tem lá seus três anos ou mais. Estou construindo esse outro lugar, mas leva tempo. Até porque não é nada paleativo,  é uma construção de uma nova pessoa, uma nova área de atuação, então precisa-se de anos de trabalho, trabalho árduo, sem contar o quanto tem-se que estudar e batalhar pelo conhecimento. No final, deu tudo certo, hoje é meu primeiro dia, sei que ainda teremos a transição e aviso prévio, mas já em contagem regressiva. Estou bem feliz, empolgada e grata. 

Enfim, D E M I T I D A no dia 10/abril ! Mega ansiosa por esse outro lugar que eu tanto almejo. Aqui me despeço e publico esse texto, algumas muitas linhas que foram costuradas, uma a uma, a cada dia, entre conquistas e frustrações, não desistindo das "negociações" e bem orgulhosa de cada escolha feita para se chegar até aqui. Bjs. #Partiu

O referido texto está datado de São Paulo 08 de agosto de 2022. ´E só procurar no blog !!!

Quarta-Feira

Toda quarta-feira é dia de reflexão! Dia de avançar. E o sentimento é sempre de gratidão. Não que os outros dias da semana também não o sejam, rs, mas quarta-feira é sempre especial, talvez porque está bem no centro, entre o inicio e o final da semana. Rs. Quem é de exatas sempre tem que achar uma lógica em tudo. Rs.

Aprendendo em uma Universidade Popular: Superando Desafios Sociais e Pessoais

A universidade é tradicionalmente considerada um ambiente elitista, reservado para aqueles que têm recursos financeiros e privilégios sociais. No entanto, existe uma crescente onda de universidades populares que estão mudando essa narrativa. Essas instituições, muitas vezes frequentadas por pessoas de níveis sociais mais baixos e com poucos recursos, estão proporcionando oportunidades de aprendizado a indivíduos que são os únicos em suas famílias a ingressar no ensino superior. Neste texto, exploraremos as experiências e aprendizados únicos vivenciados por estudantes em universidades populares, destacando como eles superam desafios sociais e pessoais em sua jornada educacional.

Desenvolvimento:

1. Acesso à educação além das barreiras socioeconômicas: a) Universidades populares rompem com a ideia de que o ensino superior é exclusivo para uma elite. b) Essas instituições oferecem programas acadêmicos diversificados, adaptados às necessidades e interesses dos alunos de diferentes origens. c) O acesso à educação nesses espaços amplia as perspectivas e cria oportunidades para a ascensão social e profissional.

2. Superando a falta de recursos financeiros: a) Estudantes em universidades populares enfrentam desafios financeiros significativos. b) Concessão de bolsas de estudo, programas de assistência estudantil e parcerias com organizações podem ajudar a minimizar essas dificuldades. c) A falta de recursos financeiros ensina aos estudantes habilidades de gestão, resiliência e criatividade na busca por soluções alternativas.

3. Rompendo com o ciclo de baixa escolaridade: a) Muitos estudantes em universidades populares são os primeiros de suas famílias a frequentar o ensino superior. b) Essa quebra de padrão familiar implica desafios emocionais e pressões sociais. c) Os estudantes se tornam modelos e referências para seus familiares, inspirando futuras gerações a buscar a educação como um caminho para uma vida melhor.

4. Criando redes de apoio e comunidade: a) Universidades populares oferecem espaços inclusivos que promovem o senso de pertencimento e apoio mútuo. b) Os estudantes se conectam com colegas que compartilham experiências e desafios semelhantes. c) Essas redes de apoio ajudam a fortalecer a resiliência dos estudantes, proporcionando um ambiente de aprendizado colaborativo.

As universidades populares desempenham um papel fundamental na democratização da educação, fornecendo oportunidades de aprendizado para indivíduos de origens socioeconômicas desfavorecidas. Os estudantes dessas instituições enfrentam inúmeros desafios, mas também adquirem habilidades valiosas e experiências de vida únicas. Ao superar obstáculos financeiros, romper o ciclo de baixa escolaridade e criar redes de apoio, esses estudantes estão reescrevendo suas histórias e inspirando outros a seguir seus passos. A universidade popular se torna um espaço de transformação pessoal, social e intelectual, capacitando aqueles que são muitas vezes negligenciados pela educação tradicional.

Seguir em Frente ... as adversidades não me definem!

Apesar da Adversidade, estou aqui, encontrando forças após diagnóstico de uma doença grave.

Minha jornada de transformação não foi apenas sobre mudar de carreira, mas também sobre superar grandes desafios pessoais. Por anos, trabalhei em um ambiente corporativo pesado, onde o estresse e a pressão eram constantes. A sensação de estar preso em um ciclo interminável de insatisfação e desgaste emocional era avassaladora.

Entretanto, a vida reservava mais uma reviravolta para mim. Em meio a esse contexto desgastante, recebi um diagnóstico que mudaria minha vida de forma ainda mais profunda. A notícia abalou minhas estruturas e me fez questionar todos os aspectos da minha existência. Diante dessa adversidade, o caminho mais fácil seria ceder ao desespero e desistir de todos os meus sonhos e aspirações. Seria compreensível mergulhar em um mar de autocomiseração e deixar que a doença e o ambiente tóxico ditassem o rumo da minha vida. No entanto, escolhi um caminho diferente.

Decidi que não permitiria que a doença e as circunstâncias negativas me definissem. Em vez disso, decidi abraçar o poder de transformação que havia dentro de mim. Era hora de virar a chave e enfrentar os obstáculos com coragem e determinação.

A primeira mudança que fiz foi priorizar minha saúde e bem-estar. Busquei tratamentos médicos adequados, adotei um estilo de vida mais saudável e investi tempo e energia em cuidar de mim mesmo. Essa foi uma escolha fundamental para fortalecer meu corpo e minha mente, enfrentando a doença de frente e com a melhor condição possível.

Além disso, percebi que era essencial reavaliar meus valores e prioridades. O sofrimento prolongado no ambiente hostil me fez questionar o significado do sucesso e da realização pessoal. Compreendi que a felicidade não estava ligada a uma carreira bem-sucedida em um ambiente corporativo como esse. A felicidade reside na busca por propósito, equilíbrio e conexões autênticas.

Foi nesse momento que me abri para a possibilidade de uma segunda graduação em Psicologia. A decisão de estudar uma área completamente diferente representou a busca por um propósito maior, pelo desejo de ajudar e impactar positivamente a vida das pessoas. Era um passo em direção à construção de uma carreira mais significativa e alinhada aos meus valores, nos meus termos.

Embora a jornada não seja fácil, cada obstáculo que enfrento fortalece minha resiliência e determinação. A doença não define quem eu sou, mas sim a maneira como escolho encará-la. Encontrei na Psicologia e no desejo de trabalhar com Recursos Humanos a oportunidade de utilizar minha experiência e empatia para ajudar outras pessoas a superarem seus próprios desafios.

A descoberta da doença e os anos de sofrimento nesse ambiente podem ter virado a chave de forma inesperada em minha vida, mas eu decidi que essa virada não seria uma sentença de derrota. Em vez disso, transformei essas experiências em combustível para minha busca por uma vida mais plena e significativa.

Hoje, sigo em frente com uma perspectiva renovada e um compromisso inabalável de não permitir que as adversidades me definam. Estou ciente de que a jornada ainda pode ser difícil, mas estou determinada a enfrentar cada desafio com coragem, esperança e a certeza de que posso construir um futuro brilhante, mesmo em meio às circunstâncias mais desafiadoras.