Introdução

A forma como nos apresentamos reflete nossa autoconfiança e influencia nossas relações. Unimos psicologia, tecnologia, estilo e organização para oferecer uma experiência transformadora. Os estilistas ajudam você a expressar sua personalidade por meio de roupas, acessórios e cores que se alinhem ao seu estilo de vida e objetivos. Já os organizadores otimizam seu espaço físico para que reflita quem você é e atenda suas necessidades práticas. Trago textos do cotidiano a partir da minha vivência no mundo corporativo de tecnologia, com o olhar da psicologia. Falamos de Inteligência Artificial, Metaverso, Luto, Ansiedade, Carreira, Relacionamentos, entre outras coisas.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

O Adoecimento e Sofrimento no Mundo Corporativo: Desafios Invisíveis do Trabalho

O mundo corporativo, com sua imensa complexidade, pode ser ao mesmo tempo fascinante e extenuante. O que muitas vezes é invisível para os olhos da sociedade é o impacto profundo que o ambiente de trabalho tem sobre a saúde mental e emocional dos profissionais. Por trás de empresas que se orgulham de suas conquistas financeiras, crescimento e inovação, há uma realidade paralela — a de um sofrimento muitas vezes silenciado, mas que afeta diretamente a vida daqueles que, com esforço e dedicação, fazem as engrenagens corporativas funcionarem.

A dinâmica do mundo corporativo é, em sua essência, estruturada em torno da produtividade, da competitividade e da entrega de resultados. Há uma pressão constante para que os profissionais não apenas atinjam suas metas, mas as superem. A busca pelo sucesso, tanto pessoal quanto organizacional, é constantemente incentivada, mas o preço disso pode ser alto.

Nos últimos anos, o aumento das cobranças por desempenho, o ritmo acelerado e o número de tarefas exigidas de um único indivíduo geraram um cenário de exaustão mental e física para muitos profissionais. Com isso, surgem questões como o estresse crônico, a ansiedade e, em casos mais graves, quadros de depressão. Quando esses fatores se combinam, podemos observar o que alguns especialistas chamam de "burnout", ou síndrome de esgotamento profissional. Esse fenômeno, antes mais associado a profissões de alto risco, agora é cada vez mais comum em diversas áreas do corporativo.

Apesar de ser um problema crescente, o sofrimento psíquico no ambiente corporativo ainda é invisível em muitas organizações. Em muitas empresas, a busca pelo resultado financeiro e o foco na eficiência muitas vezes tornam difícil para os profissionais manifestarem suas dificuldades emocionais sem enfrentar o estigma de fraqueza. Por medo de serem julgados ou excluídos, muitos evitam falar sobre o que sentem, o que leva ao acúmulo de sofrimento interno.

Além disso, há uma cultura enraizada de que "o trabalho é para ser feito sem reclamações". Essa mentalidade muitas vezes não permite espaço para que as questões emocionais sejam tratadas de forma séria, sendo relegadas a um plano secundário, se não ignoradas completamente. Isso ocorre principalmente em ambientes altamente competitivos, onde as relações de poder, status e reconhecimento podem ser decisivas para a ascensão ou a estagnação de um profissional.

Além da pressão constante para entregar resultados, outro fator que pode ser responsável pelo adoecimento no mundo corporativo é o assédio moral e as injustiças no ambiente de trabalho. O assédio psicológico é uma forma silenciosa de abuso, onde o profissional é submetido a comportamentos desumanos, humilhações públicas, exclusão e até sabotagens disfarçadas de "brincadeiras" ou "feedbacks negativos". Esse tipo de ambiente cria um desgaste emocional que pode ser devastador para o trabalhador.

Muitas vezes, o profissional que sofre com esse tipo de tratamento acaba se sentindo incapaz de reagir ou até mesmo de pedir ajuda, temendo represálias ou consequências profissionais. A sensação de impotência diante de um sistema que parece não valorizar o indivíduo como ser humano pode levar a um quadro de desmotivação, diminuição da autoestima e, eventualmente, a um sério adoecimento mental.

O corporativo, por sua natureza, também pode levar à perda da identidade pessoal. Muitas vezes, ao tentar se encaixar nas expectativas da empresa ou seguir as normas não ditas do ambiente, os profissionais acabam negligenciando suas próprias necessidades e valores. O que inicialmente pode parecer uma adaptação saudável, ao longo do tempo pode resultar em uma sobrecarga emocional que reflete na saúde psíquica do indivíduo.

A busca incessante pela perfeição, a necessidade de ser aceito, o medo de falhar ou de não ser suficientemente bom podem provocar uma sensação de vazio, frustração e cansaço. O profissional se vê consumido pelo trabalho, sem espaço para sua vida pessoal, o que pode gerar um quadro de desconexão consigo mesmo, com os outros e até com os objetivos iniciais que o motivaram a seguir essa carreira.

Apesar de estarmos cada vez mais conectados em um mundo corporativo onde as redes sociais e ferramentas de comunicação digital estão sempre ao alcance, muitos profissionais se sentem profundamente solitários em seus ambientes de trabalho. A falta de conexão genuína entre os colegas de trabalho e a competição acirrada podem transformar o ambiente de trabalho em um campo de guerra emocional, onde poucos têm a chance de realmente se apoiar e se ajudar.

A solidão no trabalho pode ser ainda mais intensa para aqueles que ocupam posições de liderança. Líderes e gestores muitas vezes se veem sobrecarregados pela pressão de serem exemplos para suas equipes, mas não têm com quem compartilhar suas angústias e dificuldades. Isso cria um ciclo de isolamento emocional que, com o tempo, leva ao esgotamento e ao sofrimento psíquico.

Para lidar com esse sofrimento invisível, é fundamental que as empresas criem espaços para que os profissionais possam cuidar da sua saúde mental de forma integrada ao seu desenvolvimento profissional. Isso pode ser feito por meio de programas de bem-estar no trabalho, acesso a profissionais de saúde mental, e a promoção de um ambiente organizacional mais saudável, onde o respeito, a colaboração e a empatia sejam fomentados.

É também essencial que os próprios profissionais busquem formas de cuidar de sua saúde emocional. O autoconhecimento, a prática de atividades que proporcionem prazer e relaxamento, o estabelecimento de limites claros entre vida pessoal e profissional, e o reconhecimento de seus próprios sinais de desgaste emocional são passos importantes para evitar o adoecimento.

A psicoterapia, e mais especificamente a psicanálise, pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo. Ela oferece um espaço seguro e acolhedor para que o profissional possa explorar suas angústias, suas vivências no trabalho e suas próprias reações emocionais, ajudando-o a encontrar formas mais saudáveis de lidar com a pressão, o estresse e as injustiças.

O sofrimento no mundo corporativo é uma realidade que muitas vezes é ignorada ou minimizada, mas ele afeta profundamente a saúde mental dos profissionais. Para que possamos transformar essa realidade, é essencial que haja uma mudança tanto nas estruturas organizacionais quanto na forma como cada indivíduo cuida de si mesmo. O adoecimento no trabalho não é apenas um reflexo do sistema corporativo, mas também um indicativo de que precisamos repensar o equilíbrio entre as exigências do mundo corporativo e o bem-estar emocional dos indivíduos.

Na PsiT.ech, entendemos essas complexas dinâmicas e nos dedicamos a proporcionar um cuidado psicológico profundo e respeitoso, para que cada profissional tenha a chance de resgatar seu equilíbrio emocional e viver de forma mais saudável, equilibrada e feliz, tanto no trabalho quanto em sua vida pessoal.

Conectados, mas Isolados!

Apesar de estarmos cada vez mais conectados em um mundo corporativo onde as redes sociais e ferramentas de comunicação digital estão sempre ao alcance, muitos profissionais se sentem profundamente solitários em seus ambientes de trabalho. A falta de conexão genuína entre os colegas de trabalho e a competição acirrada podem transformar o ambiente de trabalho em um campo de guerra emocional, onde poucos têm a chance de realmente se apoiar e se ajudar. O mundo corporativo moderno é movido por um ritmo frenético e por uma pressão constante por resultados, onde o foco no desempenho individual é muito mais valorizado do que a colaboração genuína. O uso constante das ferramentas digitais cria uma falsa sensação de proximidade, já que estamos em contato contínuo com colegas, mas, na verdade, essa comunicação acaba sendo superficial, objetiva e impessoal, sem espaço para a construção de relacionamentos profundos. O trabalho em grupo, que deveria ser um espaço de troca e colaboração, muitas vezes se transforma em um cenário de competição, onde o sucesso é medido de forma individual e não coletiva. E é no coletivo que a subjetividade de cada profissional se constrói e se transforma. O trabalho em equipe é uma das formas mais poderosas de formação da subjetividade, pois é no contato com o outro, na troca de experiências, que cada indivíduo vai moldando sua identidade profissional e pessoal. No entanto, em um ambiente onde a desconfiança e o medo de falhar predominam, a verdadeira colaboração dificilmente acontece, e as pessoas se sentem mais isoladas, mesmo estando fisicamente rodeadas por colegas. O desejo de se destacar, de garantir seu lugar no mercado e a pressão para alcançar resultados levam muitos a se fecharem emocionalmente, evitando demonstrar fraquezas ou vulnerabilidades. A busca por se proteger de um ambiente corporativo muitas vezes tóxico faz com que as pessoas não compartilhem suas dificuldades, criando barreiras invisíveis entre os colegas. Isso gera uma solidão que, muitas vezes, é invisível, mas extremamente impactante. Os profissionais que se sentem solitários no trabalho muitas vezes não têm com quem dividir suas frustrações, seus medos ou até mesmo suas pequenas vitórias. Eles se veem obrigados a seguir em frente, a lidar com as dificuldades por conta própria, sem contar com o apoio emocional de uma rede de apoio no ambiente de trabalho. Esse vazio emocional pode afetar profundamente a saúde mental, o bem-estar e a produtividade do profissional. Por mais que as ferramentas de comunicação estejam disponíveis, elas não substituem a necessidade humana de se conectar de maneira genuína com os outros, de ser ouvido, compreendido e apoiado. A solidão no trabalho também atinge os líderes, que muitas vezes se veem isolados em suas funções. Executivos e gestores carregam a responsabilidade de tomar decisões difíceis, sem ter a quem recorrer para compartilhar suas angústias, já que precisam manter uma imagem de força e segurança. Isso aumenta ainda mais o peso emocional que eles carregam, gerando um ciclo de solidão ainda mais profundo. Essa falta de apoio e a competição incessante acabam por enfraquecer o trabalho em grupo, prejudicando a construção da subjetividade coletiva que poderia resultar em um ambiente de trabalho mais colaborativo e saudável. A falta de interações genuínas e de espaços de escuta mútua transforma o ambiente de trabalho em um lugar onde os indivíduos estão mais preocupados em se proteger do que em se apoiar, o que cria uma cultura de desconfiança e solidão. O impacto disso na saúde mental dos profissionais é imenso, pois a solidão no trabalho contribui para o aumento de estresse, ansiedade e até mesmo de sintomas depressivos. O profissional que não se sente conectado com seus colegas pode se sentir desmotivado e desiludido com seu trabalho, o que prejudica sua performance e pode até mesmo levar ao esgotamento profissional. Superar a solidão no trabalho exige uma mudança na forma como o ambiente corporativo valoriza a comunicação e a colaboração. É preciso criar espaços de convivência que incentivem as trocas genuínas entre os profissionais, onde o trabalho em grupo seja não apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de crescimento pessoal e coletivo. Isso pode ser alcançado com a promoção de práticas de empatia, respeito mútuo e apoio emocional, onde as pessoas se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e desafios. Ao investir na construção de relações autênticas e no fortalecimento da conexão entre os profissionais, as empresas podem reduzir a solidão no ambiente de trabalho e criar um espaço mais saudável e produtivo para todos.

Um olhar psicanalítico sobre o sofrimento no mundo corporativo

Após muitos anos atuando em multinacionais de tecnologia, em cargos de liderança, decidi transformar minha escuta — que antes orientava profissionais e equipes no ambiente corporativo — em escuta clínica, através da psicologia e da psicanálise.

Ao longo da minha trajetória como executiva, tive o privilégio de liderar equipes diversas, formar novos talentos e ser reconhecida como uma mentora presente, disponível e comprometida com o crescimento humano. Sempre busquei construir ambientes mais respeitosos, colaborativos e saudáveis, mesmo diante das contradições, pressões e desafios que fazem parte da vida corporativa.

E é justamente por conhecer esse mundo de dentro, com suas regras não escritas, jogos de poder, disputas silenciosas e exigências muitas vezes desumanas, que escolhi dedicar meu trabalho clínico a acolher pessoas que sofrem nesses contextos.

Presenciei, ao longo dos anos, muitas formas de sofrimento emocional que não cabem nos relatórios de desempenho: profissionais altamente competentes vivendo sob constante medo de errar; pessoas adoecendo em ambientes de assédio moral ou sendo silenciadas por culturas organizacionais que premiam a obediência cega e punem a autenticidade. Vi relações marcadas por bajulação, manipulação, exclusão e injustiças que, com o tempo, corroem o entusiasmo, a criatividade e a saúde psíquica.

Fui, sim, atravessada por muitas dessas dinâmicas — ainda que tenha conseguido seguir em frente, abrir espaço e construir um caminho sólido de liderança. Escolhi, ao longo da minha trajetória, sublimar boa parte do que me impactava emocionalmente transformando isso em ação, escuta e apoio aos que estavam ao meu redor. Aconselhei profissionais que sofriam em silêncio, incentivei desvios corajosos de rota, ajudei muitos a não se deixarem capturar por ambientes adoecidos. E, embora tenha vivido conquistas marcantes e momentos genuínos de transformação, também me decepcionei.  Em alguns momentos, fui surpreendida negativamente por pessoas a quem dediquei meu cuidado, o que me ensinou — às vezes de forma dura — sobre a complexidade das relações humanas em grupo: os jogos inconscientes que se repetem, os medos que paralisam, os desejos que nos movem.

Hoje, escolho continuar esse cuidado em outro espaço: o da clínica. Um lugar onde a escuta é profunda, onde há tempo, silêncio e presença. Onde o sofrimento pode, enfim, ser nomeado — e transformado.

Minha proposta é oferecer um lugar de escuta, acolhimento e elaboração para adultos que enfrentam ou enfrentaram o sofrimento no ambiente de trabalho — seja por excesso de pressão, sensação de desamparo, conflitos éticos, dificuldades de pertencimento ou traumas relacionados à sua trajetória profissional.

Trabalho com base na psicanálise, uma abordagem que convida cada pessoa a compreender suas experiências mais profundas e a encontrar caminhos possíveis, respeitando seu tempo, sua história e sua singularidade.

Se você sente que algo no seu percurso profissional deixa marcas difíceis de carregar sozinho(a), saiba que há espaço para colocar em palavras, compreender e, quem sabe, sublimar.

A escuta clínica não apaga o que foi vivido — mas pode ajudar a transformar a forma como se vive a partir disso.

Seja bem-vindo(a).

Propósito

Acordar não para trabalhar e sim para manifestar seu propósito. Este é o objetivo da vida, saber quem você é e a partir daí expressar seu eu verdadeiro, compartilhando seus dons sem esforço e sofrimento e sim com alegria e amor. Não é o lugar que determina isso e sim a sua consciência.

Postagem em Destaque

Você passou de fase! Parabéns! 💔 Bem vindo ao Próximo Nível.

Olá Querida , ouvi sua mensagem. Na verdade, ouvi sua mensagem algumas vezes, até estar aqui e responder. Sua mensagem é bonita, é carinhosa...

Um presente

Você é mais do que um irmão, é um amigo, um presente e me acompanha nos momentos alegres e nas aflições. Me dá sempre os melhores conselhos.
Compartilhamos a paixão pelo futebol.💙 Irmã de menino é assim mesmo, junto com as bonecas, a gente vira goleiro, aprende a lavar carros, instalar chuveiro, chef de cozinha. Rs. Trocamos afilhados. E as muitas viagens, nem se fala, as que deram certo e as “roubadas” que nos metemos.
Compartilhamos a mesma casa e a mesma educação, crescemos juntos, vivemos juntos e ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos, por isso, quero que saiba que te amo de todo coração, e que, se precisar de algo, estarei bem aqui para te ajudar, para te dar minha força.
Admiro você, sua família, sua empresa ... sua alma, sua jornada nessa vida!!!!
Você sabe que pode sempre contar e confiar em mim. Estamos unidos para o que der e vier, somos cúmplices, não importa o que aconteça.
Quero lhe desejar tudo de bom neste dia, você merece o melhor! Obrigada pela sua amizade, você é a minha certeza e torço bastante por você. Que estejamos cada vez mais unidos.
Seja muito Feliz! Te admiro muito. Tenha um Feliz Aniversário! 🎁

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