Se alguém me dissesse quando eu era criança, sentada na frente do computador fascinada por códigos e telas piscando, que eu acabaria estudando Psicologia depois de 30 anos de carreira em Ciência da Computação, eu provavelmente teria rido — ou tentado programar essa previsão em alguma linguagem de programação que inventei.
Mas a vida, como sabemos, adora nos surpreender. Trabalhei por décadas na área de tecnologia, amando cada algoritmo, cada projeto bem-sucedido. Aprendi sobre disciplina, resolução de problemas, inovação… e também sobre frustrações, decepções e aquela sensação de “ok, agora o que vem depois?”.
E foi justamente aí que o inesperado aconteceu: um chute metafórico na traseira — ou talvez vários — me lembrou que crescer, de fato, é saber mudar de direção quando necessário. Entre perdas e surpresas, encontrei meu caminho para a Psicologia, algo que sempre me fascinou, mas que parecia distante, quase um hobby do coração.
Hoje, aqui estou, continuando a estudar e mergulhando em um universo completamente novo. Com humor, com coragem e com aquela sensação de que, às vezes, a vida te empurra para frente de maneiras que você nunca imaginou. Cada desafio, cada tropeço, cada recomeço só reforça: a paixão não tem idade, e a jornada é tão importante quanto o destino.
Então, se algo te decepciona, lembre-se: pode ser exatamente o que você precisava para ir mais longe. Entre perdas, decepções e sustos, aqui estou, mais viva, mais curiosa e mais apaixonada do que nunca.
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