Introdução

A forma como nos apresentamos reflete nossa autoconfiança e influencia nossas relações. Unimos psicologia, tecnologia, estilo e organização para oferecer uma experiência transformadora. Os estilistas ajudam você a expressar sua personalidade por meio de roupas, acessórios e cores que se alinhem ao seu estilo de vida e objetivos. Já os organizadores otimizam seu espaço físico para que reflita quem você é e atenda suas necessidades práticas. Trago textos do cotidiano a partir da minha vivência no mundo corporativo de tecnologia, com o olhar da psicologia. Falamos de Inteligência Artificial, Metaverso, Luto, Ansiedade, Carreira, Relacionamentos, entre outras coisas.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Sessão de Terapia

Pulei do avião em pleno voo. Não houve tempo para planejar a queda, nem um paraquedas para suavizar o impacto. Só o vento no rosto e a certeza de que ficar ali não era mais uma opção. Então caí. No meio da floresta, apavorada pelo desconhecido.

Por dias – ou meses – senti-me perdida. As árvores impediam a visão do horizonte, os sons pareciam estrangeiros, e a escuridão engolia qualquer traço de familiaridade. Caminhei sem direção, tentando reconhecer caminhos que nunca trilhei, buscando sinais que me dissessem para onde ir.

De repente, mudou. O que era um labirinto se tornou um convite. As árvores não eram barreiras, mas abrigo. O chão firme sob os pés não era um lugar deserto, mas de possibilidade. A floresta, que me assustava, agora me pertencia. Eu não estava perdida. Estava, pela primeira vez, verdadeiramente em algum lugar.

Não sei qual trilha me levará para fora, ou se há de fato um "fora" a alcançar. Mas sei que o avião não era mais um lugar – Kamikaze, fadado ao fim. Pular foi a única escolha possível. E estar aqui, na floresta, é a chance de construir novos caminhos. Agora na floresta, estou "encontrada".

Talvez a liberdade sempre tenha sido isso: não saber exatamente para onde ir, mas saber que se pode ir.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Aguentar no viés da abordagem sistêmica.

Quando você recebe uma mensagem assim, faz tudo valer a pena. Não é simplesmente um estágio, não é um estágio qualquer. É uma vida! Uma pessoa, uma história. A clínica é assim. É muito real! Vem um senso de responsabilidade enorme. E ainda mais dessa pessoa que estou conhecendo, dia a dia, "colegas de profissão". Iremos juntas, tenho certeza, navegar nesse Universo que é a Psicologia. Juntas. Tem sido muito legal experimentar práticas juntas e mesmo diante do nosso "desconhecimento", ainda assim, buscar entender e aterrizar o que estamos absorvendo em sala de aula. Você é uma dessas pessoas que eu não poderia passar nessa vida sem ter conhecido. Tem sido um prazer descobrir tanta coisa juntas e aprofundar nas abordagens. São trabalhos em cima de cases fictícios, mas muito esclarecedores. Pensei que não encontraria outra cdf como eu, mas pelo visto, os iguais se atraem, né? Aproveito e compartilho, olha só o que estava escrito naquele papel, muita linda a mensagem e a coragem nesse depoimento. Além de ser muito simbólico, evidencia que temos um caminho a percorrer, mas que os primeiros passos estão na direção correta.

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Olá. Hoje não sei muito por onde começar e o que te dizer. Parece que tudo já foi dito. Mas ao mesmo tempo sei que tenho muito a dizer. E o fato de ter esse espaço semanalmente tem sido um lugar de acolhimento em que me permito ser eu mesma. Sei que aqui não irão me julgar. O ponto principal é que eu tenho que mudar. Eu mesma tenho que mudar. Eu, tendo enxergado toda a minha história e tendo sido capaz de compreender todas as variáveis que fizeram parte, tenho a obrigação de mudar. Por mim, para ser justa comigo mesma. 

Ao mesmo tempo, não estou encontrando nenhum espaço ou apoio próximo que me ajude a dar um passo sequer. Por isso me apego tanto às nossas sessões semanais. Conto os dias para estar aqui e saio "enorme", muito maior do que chego. Saio super empoderada. Vendo você e sua história, penso em também estudar Psicologia, mas depois me dou conta que deve ser a transferência que você sempre comenta. Definitivamente minha área é outra. 

Já sabendo que é uma estrada solitária, digo que não está fora, nunca esteve. A cura, ou a maior parte dela está sempre dentro. O movimento é " de dentro para fora" e nunca ao contrário. Disso estou certa, esse é um conhecimento que levo daqui e te agradeço. Queria encontrar um caminho aqui dentro, um “possível”, uma forma de soltar a minha força criativa. Soltar o riso, o humor, riso largo que me caracteriza, a coragem, a autenticidade. Não curto a vitimização, mas esse diagnóstico me pegou de surpresa. Nunca, nem nos meus piores pesadelos, achei que me depararia com esse diagnóstico. Hoje jogo o cansaço como efeito colateral da medicação. Fico até sem saber se é a medicação mesmo, ou se é uma válvula de escape para todo esse processo. Nossa mente é sempre habilidosa em escolher os culpados. Processo árduo, diria injusto, e prolongado. Não sei como cheguei até aqui, mas aqui estou. Queria ter encontrado essa clínica antes, sempre eu me dava a desculpa de não ter "dinheiro" suficiente para me cuidar. Eu sinceramente não sabia que havia clinica-escola. Ainda bem que a "Maria Fifi" comentou e eu vim conferir. Todos tem sua função nesse mundo né? 

Sei que cheguei até aqui, sem ter sequer uma pessoa do meu lado. Aqui devo agradecer a minha familia que não desistiu. A eles reafirmo meu compromisso de estarmos sempre juntos e para sempre! Confesso que já estou conseguindo aceitar quando você fala que "ninguém nunca está sozinho" e que temos que agradecer aos que chegaram antes da gente e nos deixaram legados e terrenos menos áridos. Hoje entendo que eu nunca estive sozinha, muito pelo contrário. Ver em mim essa contradição também tem sido um processo curativo. Na última semana, depois que sai daqui, sem exagero, três pessoas me procuraram, parece que a fala abre portas.Você é muito sábia. 

Você me pediu um verbo na última última vez que conversamos. Ele se fez claro essa semana para mim. Talvez o melhor verbo para definir essa fase seja AGUENTAR. Eu tenho que aguentar, no sentido de compreender, compreender que passar por tudo isso foi mais do que necessário para mim. Para me tirar do caminho errado, em que tomei tantas atitudes que me descaracterizaram, convivendo com pessoas que não tem nada a ver comigo e pior, permitindo que elas, de certa forma, me aconselhassem, ou definissem rotas. Hoje vejo tudo isso como insano, como estar totalmente dispersa pela vida. Portanto hoje, sem sombra de dúvidas, existe um único caminho, que seria aguentar, olhar de maneira diferente. Já que tomei consciência que eu aguente. Desacelerar, prestar mais atenção. É preciso ter calma. Silenciar, apaziguar ... aguentar. Não é algo pontual e não irá se resolver de um dia para outro. E tem que ser assim, é mais duradouro quando é gradativo, quando faz parte de um processo sólido, alicerçado, direcionado ... processo de cura. Para isso, o primeiro passo nesse processo de “aguentar” é concordar com o jeito que é. 

Você tem sido muito importante no processo, não entendo quando você me diz que não tem o instrumental necessário, mas já provoca enormes mudanças em mim. Eu fico imaginando quando você tiver toda a formação. Você é brilhante. Sem palavras. Sua primeira pergunta está eternizada em mim: "Talvez você deva conversar com algum profissional da área, não acha?".

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Minha Querida, obrigada mais uma vez. É como viver a abordagem sistêmica na prática. Tem muito valor. Sair da carteira na sala de aula, em que a teoria parece muito simples, para, de fato, no mundo real, experimentar essa compreensão sistêmica. Tudo super recheado de intuições e percepções. E vamos consolidando um sentimento de gratidão. Gratidão pela vida! E agora estudando mais e a fundo, nesse pequeno extrato, que eu estou podendo viver, sobressaem as leis do pertencimento, da hierarquia e do equilibrio. Entendendo que da exclusão vêem os sintomas e que o único caminho é justamente a “inclusão”. E é nesse movimento que o dom se faz, aparece, se exerce e que a nova carreira se constrói. Em bases firmes e em uma escolha consciente. O primeiro passo sólido é você se incluir na sua própria vida, na sua própria história, você não só faz parte mas é a peça principal de toda a engrenagem que te orbita. Pode acreditar!



terça-feira, 21 de junho de 2022

Tudo tem um preço, mas nem tudo tem valor!

Dificil escrever sobre isso com você, sem entrarmos na transferência e contra-transferência. Não tem como. Como te disse, vivo nesse ambiente faz muitos anos e já passei por muita coisa similar. Quase que consigo sentir o que você está sentindo. Portanto fico atenta, para não misturarmos as estações. Mas o rapport é forte entre nós, então a conexão e o vínculo são consistentes. Nós dois sabemos que é um ambiente hostil e visualizo como uma grande esteira, tipo uma linha de montagem gigante. Portanto posso te dizer que mesmo os “bem sucedidos” estão nessa fila. Vivemos uma epidemia do “faz de conta” que foi impulsionada em grande parte pelas redes sociais e pelo excesso de exposição. Mas não é nada novo, sempre foi assim, tudo tem um preço, mas nem tudo tem valor. As pessoas focam no quanto custa, mas nunca no valor que tem. Tem coisas que tem preço e tem valor, mas nesse ambiente, muita coisa tem preço, mas não tem valor algum. Não é mesmo? Eu te vejo como um oásis no deserto. Um garoto de muita “sorte”. Aproveite bastante, minha ansiedade me faz torcer para que os próximos 5 anos voem, posso até imaginar nossa conversa lá na frente. Mas como você sempre me diz, a colheita é certa, mas plantar urge. Rs

 

Bom, não fugindo do ponto principal, sua percepção de todo esse cenário está certíssima. Tudo isso é consequência direta de se valorizar mais a imagem em detrimento do conteúdo. Mas não adianta se lamentar, isso que eu te diria. Esquece “mudar o mundo”, nesse momento vamos focar em melhorar a sua percepção do que está te acontecendo. Eu, de fora, vejo muitas oportunidades futuras e vejo também que esse momento é único e o vejo como um presente na sua vida. Tempo de qualidade, tempo de preparação, tempo para priorizar você. É um processo de filtragem, separando o que vale a pena, para seguir investindo. É um momento muito importante e significativo, eu vejo como um investimento que está sendo feito em você e você não está inerte, muito menos apenas esperando, você está construindo. Daí não tem como não mencionar minha admiração, sigo te admirando muito, eu diria que, hoje, te admiro ainda mais. Quem olha de fora pode não entender, até porque o que você está fazendo é alicerce, nem sempre encanta a primeira vista, mas é muito lindo ver, a sua energia, a sua alegria e a sua vontade. Você não deixa de “ser você”, sequer por um segundo, é aquela máxima, você não se vende. Você não está a venda. E o que vemos nesse ambiente é justo o contrário, não é mesmo? Todos se vendem, se vendem, muitas vezes, por tão pouco. Se anulam, se corrompem, se misturam, se descaracterizam, replicam o modelo. E o que é mais interessante, não percebem o quanto estão se desfazendo de quem são. Concordo com você, que podem interpretar como sucesso e até, em algum momento, se sentirem bem sucedidos. Faz parte do processo. Mas como em um vício, o inicio confunde, parece que foi encontrada a fórmula mágica, empodera. Mas não tarda, assim como na dependência química, em mandar a conta e exigir doses cada vez maiores. O poder é fluído, altamente volátil, muda constantemente, você o persegue mas ele evapora muito rápido. A liberdade se transforma rapidamente na prisão, a solução vira o seu maior problema. O “sucesso” passa a ser percebido como seu maior fracasso.

 

Tudo isso já falamos antes e coincidimos muito nesse diagnóstico. É bom repetir, porque acredito muito na cura pela fala. O que está mudando é a forma que você vem lidando, totalmente desapegado, com o olhar direcionado para o seu foco, não te vejo mais perdendo tempo, não está mais investindo seu esforço em causas perdidas, sua sensibilidade para perceber o que é passível de mudança, ai você entra contribuindo e o que não é passível de mudança e que você avança, sem despêndio de energia. Te vejo saindo da filantropia, por si só, e entrando em ações de sustentabilidade total, o que acho fantástico. É a sua generosidade sendo melhor aproveitada.

 

Administrar o convívio e também estar em um ambiente hostil tem seus efeitos colaterais e não são poucos. Por isso te digo, que a sua saúde agradece (você sabe bem do que estou falando). Bom, tudo isso para te dizer, que você está em um programa de recuperação fantástico, financiado e você tem a liberdade total, tempo, qualidade, acesso, suporte e tudo mais. Essa é a beleza da “justiça” do Universo. Inspirador poder ver a Justiça acontecendo ...



quinta-feira, 16 de junho de 2022

Máquinas e Pessoas

Sempre fui conectada às maquinas. Desde pequena, já me encantava pelas máquinas, tudo que pudesse "agilizar" a vida das pessoas! 

Tudo culminou com um curso de "computação" que meu pai me colocou, quando eu tinha 9 anos. Lá aprendemos muito sobre tecnologia e como era a "profissão do futuro", aprendemos a programar e voltei para casa, com meu "código" impresso em que algumas tarefas bem simples eram executadas na tela do computador. Mesmo com a tela verde, fazendo apenas o cursor se movimentar de maneira autônoma, para mim já era como ter pisado na lua. Era a prova de que o computador iria substituir o homem em muitas tarefas repetitivas. E essa foi a minha pergunta para o instrutor, se os computadores vão substituir o homem, o que o homem irá fazer!?!?!?! Aquilo me parecia muito forte, porque seriam então os computadores x o homem. E ele foi muito hábil na resposta, para não afetar o meu desejo, naquele momento, ele me disse que tarefas repetitivas e perigosas seriam realizadas por computadores. Então os computadores trariam mais qualidade de vida para as pessoas e liberariam o tempo para tarefas "mais importantes". E quando mais eu ouvia, mais eu ficava encantada. Maravilhada com todas as inúmeras possibilidades! Eu imaginava um robozinho andando na rua e por todos os lados, realizando tudo. Sai de lá com a mensagem muito clara: retirar da frente o que podia ser automatizado e informatizado, para que as pessoas pudessem focar em "coisas mais nobres", em se conhecerem e em viverem muito melhor.

Voltei para casa com o meu "certificado" de participação no curso. Muito orgulhosa. Muito feliz de saber exatamente o que eu queria fazer "quando crescesse". E desde então não parei mais.

Lembro também de uma vez que eu fui ao trabalho do meu pai, como eu adorava ir lá, ver aquele ambiente, todos nas suas mesas, um monte de papel (rs)  e muitas tarefas. Ele viaja muito, era importante, saia no jornal, dava entrevistas, era professor também e tudo mais. E eu me lembro, que depois do curso, a minha forma de ver tudo mudou. Eu perguntava o tempo todo para ele: Pai, aquela pessoa carimbando aqueles documentos, um robô poderia fazer né? E ele dizia: sim, poderia e ele teria mais tempo para estudar e aprender coisas novas. Quando o menino do xerox passava entregando documentos ou o menino do café, eu fazia a mesma pergunta. Pai, um robô poderia servir o café, né? 

E eu gostava muito de assistir os telejornais do lado do meu pai. Tentando entender alguma coisa e ansiosa por notícias do "futuro", era assim que eu gostava de chamar, e sempre que apareciam reportagens de avanços na ciência, na saúde, etc, era ele que me dizia, sabe isso ai? Já é feito por robô, isso ai já é trabalho de muitos engenheiros da computação e analistas de sistemas. 

Entrei no curso de datilografia e ele me dizia que se eu ficasse boa, eu iria me dar muito bem com os computadores, porque eu digitaria bem rápido, digitaria tudo certinho. Ai ele comprou uma máquina de escrever eletrica e que tinha memória, vc datilografava tudo, ia corrigindo e ela depois conseguia imprimir "sozinha". Então já na escola eu levava tudo impresso, meus trabalhos eram super bonitinhos e eu já me sentia toda "automatizada". Era como se o futuro já estivesse sempre próximo de mim de alguma forma. Sem contar os primeiros video games e nós dois na nossa "oficina" já bolando coisas.

Não preciso nem dizer que não tive dúvida alguma ao escolher minha graduação, queria ser analista de sistemas, eu queria "desenhar" o que o computador iria fazer. Eu queria mudar o mundo, como todo adolescente. Mesmo antes de entrar na faculdade, lembro quando criamos um programa (em Clipper) de mala direta para cadastrar todos os clientes do meu pai. Compramos os CEPs nos Correiros, lembro eu voltando da cidade com meus disquetes, me sentindo toda importante e confiante porque iríamos incrementar o programa, buscando e preenchendo os endereços automaticamente. E começamos a cadastrar os aniversários também e mandar cartões e cada dia iamos colocando mais coisas no nosso "sistema". E teve também os perrengues: perdemos tudo, arquivos corrompidos, o que nos fez pensar na solução e aí definimos rotinas de back-ups periódicos, também íamos registrando as reuniões com cada cliente, o que eles haviam contratado, os status dos processos, etc. Sistema operacional, banco de dados, códigos fontes, linguagens de programação e por ai fomos. Quando entrei na faculdade "já tinha experiência" e me orgulhava de estar no lugar certo. Foi ai que ganhei meu primeiro computador, meu desktop, gigante, pesado. Um PC para chamar de meu, rs. E com processador 286. Depois fomos evoluindo: 286, 386SX, 386DX, 486SX, 486DX, até que finalmente ganhei o Pentium. 

Já na faculdade, além da parte técnica, tinhamos também muitas disciplinas de Filosofia, História da Computação, Organização e Métodos, Homem e Sociedade, etc em que discutíamos a relação do homem com a máquina. Seria mesmo a máquina a melhor amiga do homem? E ai, foram surgindo vários questionamentos, em relação a ética, a segurança da informação. Eu comecei a ver que muitas empresas informatizavam suas áreas e não se preocupavam em "despejar" vários profissionais no mercado. Ou mesmo, o simples fato de substituirem uma tecnologia para outra, já deixavam muitos profissionais obsoletos e "descartáveis". Consegui meus estágios em empresas grandes e me lembro quando após 1 ano estávamos com o "sistemas de compras" pronto, eu ajudaria no treinamento dos usuários, tinhamos um cronograma de implantação. Só que o contato no dia a dia com tudo isso, a história pessoal de cada usuário, a falta de formação de muitos e a preocupação em como conseguiriam se recolocar, eram muitas das perguntas para as quais eu não tinha resposta. Mas tudo bem, não tinha sido assim na Revolução Industrial? Tudo certo! Eu ficava tentando me convencer de que esses "problemas" não eram dos analistas! As pessoas de adaptam, o mundo caminha para frente! As mudanças são sempre para melhor. Todos focavam sempre no sucesso das implantações, eu também comemorava e minha carreira ia se construindo, mas no fundo, tinha aquele "vazio" porque eu ficava imaginando onde tinham ido parar todas aquelas pessoas! E essa sensação independia do local, da empresa, do sistema, do país. Tive a mesma sensação em relação às pessoas nos projetos que participei aqui no Brasil e quando fizemos o projeto na Austrália, naquela planta em Sidney, a forma que todos olhavam a "equipe de implantação", "os caras da tecnologia" que iriam mudar tudo. Da mesma forma na Espanha, na Argentina, na Alemanha e por todos os lados que os projetos me levaram. Óbvio que o cenário econômico do país dava mais ou menos segurança e conforto aos profissionais de que iriam se realocarem ou se qualificarem em outras funções, mas mesmo quando isso era garantido, a mudança proporcionada já afetava emocionalmente os envolvidos de alguma forma. E "os caras da tecnologia" não se preocupavam com isso, eu achava que deveríamos porque afinal de contas, fomos nós que geramos a mudança. 

Minha mente sempre estava ai, nesse ponto, tentando encontrar solução: Trabalho braçal x Capital intelectual. Obviamente, essa revolução tecnológica também tem seu lado negativo. Trazendo para a realidade brasileira e de outros países emergentes, a falta de investimento do governo na educação dificulta a profissionalização da grande parte da população, dificultando o ingresso ao mercado de trabalho. Fora que estamos lidando globalmente com questões muito maiores, dimensões gigantescas, como a China - Indústria e a India - Serviços.

Não se trata apenas de estudar e se especializar para solucionar os problemas das baixas e extinções de postos de trabalhos. Trata-se de planejamento familiar, controle de natalidade, plano diretor para as melhorias nos IDH e etc. Isso explica o porque do tão crescente trabalho informal no mundo. Nenhum grupo de investidores no mundo, vai convocar um grupo de especialistas para projetar e desenvolver uma máquina que substitua numa linha de produção 500 pessoas, e depois da máquina concebida com sucesso essa mesma organização vai abrir 500 novos postos de trabalhos para pessoas “qualificadas” com os mesmos salários e benefícios dos 500 postos extintos anteriormente na antiga linha de produção. Isto não existe! Comecei a me questionar sobre a nossa responsabilidade, enquanto profissionais de tecnologia, com as pessoas e também com o lixo, os resíduos tecnológicos e os materiais que iam ficando obsoletos. E logo fui me interessando por muitos temas e lendo muito, fui entrando no campo das Ciências Sociais, Antropologia, Filosofia. Entender o homem e não só a máquina, era isso. Eu precisava de entender o homem.

Veio daí, desse momento, meu interesse pelas pessoas, o que está atrás das máquinas. Comecei a procurar muita literatura a respeito e ai meu interesse por Psicologia foi se fortalecendo, primeiramente de uma maneira muito amadora, em tentar entender como o ser humano "funciona", qual é seu chip, como é o ciclo de vida, quais as fases, as emoções, a cognição. E um mundo se abriu. Comecei a me interessar tanto por gente, que fui começando a participar mais da parte de treinamentos, de ensinar as pessoas a utilizarem os sistemas, eu gostava de revisar os manuais que criávamos para ver se eram amigáveis, se seriam entendidos pelos usuários. Criamos, na indústria que eu trabalhava, um programa que chamavámos de "Usuário Nota 10", aquele que além de compreender e utilizar muito bem os sistemas também contribuiam com a área de tecnologia e traziam as críticas e sugestões de melhorias para as rotinas e para os sistemas. Eram os parceiros da área de tecnologia, Foi a forma que encontramos de desmistificar a tecnologia e a colocar em prol de todos, independente da função que exerciam na empresa.

Depois de alguns anos desenvolvendo os sistemas que usávamos, fomos invadidos pelos "pacotes" que já chegavam prontos e que precisávamos customizar para a realidade da empresa. Usuários chaves, customizações, implantações longas, interfaces com os legados. Depois os pacotes já vinham com quase tudo pronto, muitos concorrentes, muitas opções. Daí a web, tudo conectado, não demorou para o surgimento dos apps, da cloud, blockchain, internet das coisas e tudo foi e vem evoluindo de maneira muito rápida. Enfim, a tecnologia sempre foi minha paixão. Lembro com muito carinho das muitas implantações que participei, vários países, vários segmentos, muitas industrias. Conheciasse muita gente ao longo do caminho ... pessoas de todos os tipos. Muitas histórias.

Esse sentimento de ser responsável pelas pessoas afetadas pela tecnologia começou a se tornar muito central em mim. Cada vez mais, minha atenção estava focada em entender como emocionalmente as pessoas eram afetadas pelas "modernidades" e pelo "progresso". Começou ai a minha jornada, escrever sobre o tema foi se tornando uma paixão. Culminando em eu buscar uma graduação em Psicologia. Onde estou conhecendo muito, renovando meu desejo, empolgadíssima com tudo, parece que tudo vai se conectando de alguma forma. Tudo vai passando a fazer sentido, a Psicologia me ajuda a entender vários dilemas, que atuar na Tecnologia, me geraram, nos quais dedico meu tempo atualmente, além de que a Tecnologia tem me ajudado muito no mundo da Psicologia, muitas ferramentas disponíveis que tornam o meu dia a dia de estudante de Psicologia melhor, além de me permitir aprofundar muito mais. 

É a Tecnologia ajudando na Psicologia e a Psicologia ajudando na Tecnologia.

Não sei onde tudo isso vai me levar e muito menos onde tudo isso vai dar. E pela primeira vez me permito não saber, porque tenho entendido que não tem a menor importância a chegada em si, a caminhada é o que de fato importa!!! Entre uma reflexão e outra, minha vida profissional tem ganhado muito mais propósito! 

De um impossível ao outro. Agradecimento a uma pessoa especial ! te amo.

Definitivamente você não está em um grupo de amigos. E parece que desistir é pior ainda. Concorda? Gosto do termo sobreviver, mas acho que você está indo além, você está vivendo intensamente. Sabe?  

Você sempre viveu intensamente essa é a verdade. Suas histórias, suas vivências, tudo que você traz para nossa conversa. Você conta de uma época anterior a minha, mas é tudo tão atualizado.

Parece que o mundo mudou, as pessoas mudaram, mas as relações e os efeitos colaterais dessas relações seguem intactas. Impressionante como suas histórias e experiências são atuais, quase que consigo vê-las reproduzidas integralmente no ambiente que tenho ao meu redor. Fantástico. Quando você dizia, que temos que tentar seguir e tentar nos incluir de alguma forma. Vejo muita sensibilidade e inteligência. Ignorar os efeitos colaterais gerados pela convivência com algumas pessoas? Seria esse mesmo o caminho, ou enxergar, esses efeitos colaterais como os verdadeiros presentes? Tenho dúvidas.

Aceitar que nem mesmo algumas pessoas que te fizeram um voto de confiança e te prometeram algo, que mesmo essas não estão nem ai. O problema não está nelas, mas em nós mesmas, nas expectativas que permitimos serem criadas. Quando você conta situações em que, quase sempre, a imagem prevalece acima dos fatos. Quando você me disse o que te mantinha de alguma forma, era essa imagem, essa formação de opinião em cima do fato e não do fato em sim. Ou seja, não se mirava na relação em si, mas na “falsa” crença que muitos tinham dessa relação. E tudo bem! Estar desperta, estar sempre acordada. Não confundindo efeito colateral com sintoma, mas sabendo que ambos se complementam em alguma instância.

Quando você me falou de que, em algum patamar, ainda existe o desejo, sem saber me explicar direito. Vejo. Vejo desejo eminente, que ele é bem nítido. Disfarçado de ansiedade ou irritabilidade talvez, mas ele está ai. E tem que estar mesmo, esse desejo de fazer um "mundo melhor" é importantíssimo, tem que estar ai, não importa o quanto seja idealista, o fato dele existir justifica sua existência e colore sua essência. É o que te faz diferenciada! Porque matar o desejo? Porque desmerecê-lo, como, se por ser impossível, não deva estar ai dentro. E quando você concluiu, dizendo que o mundo melhor já está acontecendo. É fato! 360 graus.

De que ainda existe uma crença de que vai poder mudar a posição na vida que construiu. Não vai, mas vai poder construir patamares, degraus, girar a mandala. Sabemos que algumas pessoas são “fixas”, elas não são “mudáveis”, é a sua mandala. E tudo bem, tem a ver com a sua formação central. Todas as demais, você poderá eliminar, essas não, essas eu não te aconselho, são estruturais, elas têm que permanecer. O que vai mudar é a sua forma de enxergá-las. Ainda existe uma crença de que seria a sua resposta a toda uma vida, a toda uma jornada. Que lindo! Que depoimento foi esse !!! Que não se tratou apenas de ir superando os desafios impostos e sua realidade, enquanto isso, você viveu a vida, a vida estava acontecendo, você foi construindo, ao seu redor, bases sólidas, você construiu tudo que construiu. É isso, focar no desafio seria perder o todo. Trocar o todo pela parte. Fantástico!

Embora ela sempre te diga que não, que não existe resposta possível, que você está indo de um impossível ao outro. Eu questiono. Será? Não sei se é esse o movimento. Acho que você está, de fato, construindo o mundo possível, e iria além, você está construido o mundo real, o que te cabe e o que você merece estar. E você está tentando te levar a sublimar, resignificar essa história e com isso, entender que, no fundo, você é uma grande vencedora. Como ela disse, esteve soterrada durante muitos anos, tentando simplesmente respirar. Eu concordo com ela, você foge aos casos clássicos com receitas já conhecidas. Sua força é encantadora, a cada interação, quando eu acho que já atingimos a barra, vejo que não, você se supera, você sempre vai além, você se posiciona, sempre com coragem, com vontade. Sabe? Estou para te dizer isso faz muito tempo, desde que nos conhecemos (lembra do inicio complicado?), mas logo nas primeiras semanas, a gente percebe que não se trata de alguém comum, mais do mesmo, você é muito diferenciada. Sou enormente grata por tê-la como minha primeira “paciente”. Você brinca dizendo ser “cobaia”, mas te confesso que eu sou muito mais cobaia nessa relação do que você. Sou muito grata, por você me permitir estar aqui, estou aprendendo horrores, praticando tantas coisas e de uma forma tão significativa. Tanto é que passa por transferência e contra-transferência e por termos conseguido um rapport inimaginável, para uma marinheira de primeira viagem e uma pessoa assim tão iluminada e generosa. No alto dos seus 65 anos, você tem sido uma fonte de inspriração constante na minha vida. Mestre, Supervisora, Professora... Realmente você está certíssima, vale a pena. Entre livros, aulas, trabalhos e sessões, seguimos alimentando o intelecto e as emoções. Uaw!

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Quando você faz coisas diferentes, você corre riscos!

Comecei a ler muito cedo. Já até rabiscava linhas e linhas, sem me preocupar muito em manter registro, escrevia e descartava. Escrevia muito porque sempre que eu estou comigo mesma, minha vida é uma grande imaginação. A partir daí, comece a escrever para dar vazão a tudo que estava na minha mente. Meus pensamentos e minha maneira de ver o mundo não batiam com o meu entorno. Eu não tinha muita gente com quem eu poderia trocar idéias mais profundas. Escrever foi então a opção mais sensata. E daí em diante não parei mais. Nunca pensei em "profissionalizar" ou virar escritora. Escrever para mim é algo como respirar, você escreve e ponto. É uma necessidade básica. 

 E quando me perguntam o que eu diria para incentivar as pessoas a lerem mais e a escreverem, mesmo sem compromisso e de maneira amadora, eu digo que:  quando você faz coisas diferentes, você corre riscos. Não tenha pudor de falar e porque não escrever das suas próprias inquietações. Escreva para você e não para os outros, se alguém mais se encantar pelo que você escreve melhor ainda, mas a protagonista é sempre você mesma. Escrever gera um legado de dúvidas mas também caminhos possíveis.

Página Em Branco ....


É isso mesmo que falamos, talvez o termo não seja o melhor mas trata-se de um "tornar-se transparente".

Tem um lado fantástico em tudo isso e falamos muito a respeito disso recentemente. Ser transparente.

Muitas vezes nos perguntamos porque é tão difícil ser transparente, não é mesmo??? Costumamos até acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, sem trapacear, sem fingir. No entanto, acho que vai um pouco além, para mim ser transparente é "ser de verdade". É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que de fato estamos sentindo.

Mas aqui não quero falar desse seu lado, que eu admiro muitíssimo e que já te elogiei inúmeras vezes.

Hoje queria falar do outro lado, não de ser transparente, mas de tornar-se transparente, no sentido de ir se esvaziando por dentro. Foi isso que te disse ontem, talvez ficou confuso, porque quantas vezes usamos a palavra "transparente" e enaltecemos essa qualidade, e é. Mas ontem, o que me chamava a atenção era o processo de esvaziamento que te vejo passar e foi ai que escolhi essa palavra, mas o transparente aqui acabou confundindo as estações. 

Isso posto e tudo esclarecido queria elaborar melhor com você essa minha observação. 

Você está se deixando esvaziar ... e é normal até certo ponto. Ontem, sai da nossa conversa, com uma luz vermelha acessa, como um radarzinho me mostrando que tem algo errado nessa história. É como se você não estivesse ali. Foi uma sensação estranha que eu tive, ainda mais porque você é você. E você é uma energia muito vibrante, você não passa desapercebida em nenhum lugar. Você é sempre completa, cheia de si, bem humorada, radiante, sabe aquele lance de ocupar todo o espaço. Encher nossa alma, conviver com você sempre foi meu elixir de juventude, de energia, de garra, de coragem, de força, de sabedoria, de ... de ... de ... de um monte de coisas. 

E ontem ali, te vendo pela tela do computador, te vi, "esvaziada" de você mesma. Inacreditavelmente "transparente" e imediatamente, comecei a tomar notas, colocar algumas coisas no papel, pensar e pensar. Sempre em como reverter e em o que te dizer, confesso que lamentei não estar em um período mais avançado do curso e lamentei ainda não ter nem o conhecimento e nem os recursos adequados, mas ainda assim, surgiu a "conselheira" sei lá do que eu posso chamar, mas minha mente começou a conectar as emoções ao ainda básico conhecimento que tenho e fui tendo ideías. Tentando mapear o que de fato está acontecendo contigo, mapear algum caminho de volta. Rabiscando coisas e insights em um papel em branco, que, aos poucos, foi tomando forma. Talvez seja uma pequena contribuição e nada do que você mesma já tenha pensado ou ouvido de muitos a sua volta. É mesmo a máxima de que conselhos não são grátis. Então prefiro nomear de outra forma.

Aceito nesse momento, até chamarmos de palpites, porque é o que são. 

E agora vou me permitir  te "dar palpites". Pode ser?

Palpite 1 - o bônus é sim maior que o ônus, eu tendo a discordar de você.

Palpite 2 - é tudo uma questão de valores e princípios, você não acha?

Palpite 3 - o que resumo o seu incômodo é porque trata-se da política do uso.

Palpite 4 - nessas condições realmente não tem como ser feliz.

Palpite 5 - mesmo com tudo isso, você segue generosa e ajudando todos a sua volta.

Palpite 6 - você não está mais jogando esse jogo, concorda?

Palpite 7 - você está sim sendo altamente reconhecida, eu tenho que discordar de você.

Palpite 8 - não existe plano B, existe o seu plano e que você persegue com maestria.

Palpite 9 - não dá para irmos de um impossível ao outro, não é fácil, mas não é impossível.

Palpite 10 - sem pedir não tem. Aguentar o "não" como possibilidade faz parte.

Palpite 11 - falar o que você sente é o seu direito.

Palpite 12 - você está em um lugar privilegiado.

Palpite 13 - você está sendo infinitamente melhor do que foram para você.

Palpite 14 - você está focando em tirar nota 10 e não em que os outros tirem nota zero.

Palpite 15 - Essa é você! Você não é um desmoronamento do acaso!

Você é enorme! No sentido real da palavra, é, por si só, o verdadeiro significado de resiliência. Não se admire, porque é isso mesmo, muitos querem estar ao seu lado, ou minimamente serem considerados por você. Você é a prova de que funciona, de que dá certo, de que existe uma saída nobre, sem se perder em ilusões e miragens. Você carrega os seus valores e princípios, mas avança, "apesar de", apesar de infelizmente o mundo estar corrompido demais.

Sou grata pela nossa convivência. Sou grata por você me ouvir sempre, não importa o quão ocupada você esteja, você sempre tem um tempinho para quem precisa de você. Você é generosa. Você não é feita de marketing, você é real.

Saiba que eu estou aqui, para te ouvir também, para aprender com você, para te ensinar. E, por que não? Para dar palpites também. rs

Propósito

Acordar não para trabalhar e sim para manifestar seu propósito. Este é o objetivo da vida, saber quem você é e a partir daí expressar seu eu verdadeiro, compartilhando seus dons sem esforço e sofrimento e sim com alegria e amor. Não é o lugar que determina isso e sim a sua consciência.

Postagem em Destaque

Você passou de fase! Parabéns! 💔 Bem vindo ao Próximo Nível.

Olá Querida , ouvi sua mensagem. Na verdade, ouvi sua mensagem algumas vezes, até estar aqui e responder. Sua mensagem é bonita, é carinhosa...

Um presente

Você é mais do que um irmão, é um amigo, um presente e me acompanha nos momentos alegres e nas aflições. Me dá sempre os melhores conselhos.
Compartilhamos a paixão pelo futebol.💙 Irmã de menino é assim mesmo, junto com as bonecas, a gente vira goleiro, aprende a lavar carros, instalar chuveiro, chef de cozinha. Rs. Trocamos afilhados. E as muitas viagens, nem se fala, as que deram certo e as “roubadas” que nos metemos.
Compartilhamos a mesma casa e a mesma educação, crescemos juntos, vivemos juntos e ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos, por isso, quero que saiba que te amo de todo coração, e que, se precisar de algo, estarei bem aqui para te ajudar, para te dar minha força.
Admiro você, sua família, sua empresa ... sua alma, sua jornada nessa vida!!!!
Você sabe que pode sempre contar e confiar em mim. Estamos unidos para o que der e vier, somos cúmplices, não importa o que aconteça.
Quero lhe desejar tudo de bom neste dia, você merece o melhor! Obrigada pela sua amizade, você é a minha certeza e torço bastante por você. Que estejamos cada vez mais unidos.
Seja muito Feliz! Te admiro muito. Tenha um Feliz Aniversário! 🎁

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